terça-feira, 11 de agosto de 2009

sensibilidade

Embora nasçamos todos da mesma forma, alguns de nós vem ao mundo com uma estranha e exacerbada capacidade de sentir.Há pessoas que são verdadeiros estopins de emoção: uma simples canção as comove, um pôr–do-sol as arrebata, uma cena de filme é capaz de arrancar-lhes lágrimas sentidas.Pessoas sensíveis são, de certa forma, seres humanos privilegiados, pois enxergam belezas e encantos no mundo que outras criaturas, mais voltados para o lado prático da vida, não conseguem enxergar.No entanto, se ser sensível é de certo modo uma benção, não deixa de ser também um martírio.O mundo é, às vezes, especialmente perverso para uma pessoa delicada.Quando somos sensíveis demais e não percebemos nossa peculiar necessidade de proteção, estamos fadados a sofrer muito nesta vida.Pois a verdade é que, no justo instante em que vimos ao mundo, começamos a enfrentar uma bateria de provas e desafios que não senão no dia de nossa morte.A cada passo, encontramos um motivo para descrer do semelhante.A cada fracasso, um incentivo para desistir.Para alguém desprovido de sentimentos, a vida já seria uma parada indigesta; que dirá, para alguém sensível.É claro que ninguém é frágil porque quer.Mas, ainda que não consigamos mudar completamente nossa natureza, temos pelo menos a obrigação de, reconhecendo nossa fragilidade, aprender a nos defender.Temos que levar em consideração, que para os insensíveis, é incompreensível nosso modo de ser, devemos aceitar o momento de cada um e não desistir jamais da dávida recebida por sermos assim.

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